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Glossário 18

 

V

 

Vegetarianismo puro ou Veganismo.

 

 

Vegetarianismo puro ou Veganismo - Veganismo é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos consideradosespecistas.

Em 1997, três porcento nos Estados Unidos anunciaram não ter usado nenhum produto de origem animal nos últimos dois anos. Em 2007, dois porcento do Reino Unido se declararam como veganos.  O número de restaurantes veganos está crescendo, de acordo com o Oxford Companion to American Food and Drink (2007). Tem sido mostrado que pessoas em dietas que incluem comidas de origem animal tem mais probabilidades de terem Doenças degenerativas, incluindo doenças do coração. A Associação Dietética Americana (The American Dietetic Association) e os Nutricionistas do Canadá (Dietitians of Canada) consideram a dieta vegetariana como apropriada para todos os estágios do ciclo de vida, embora eles ainda alertem que uma dieta vegana mal planejada pode ser deficiente em vitamina B12, ferro, vitamina D, cálcio, iodo, e ácidos graxos ômega 3. (...)

Pessoas em dietas que incluem comidas de origem animal tem mostrado ter maior probabilidades de ter doenças degenerativas, incluindo doenças do coração. De acordo com o Guia de Nutrição para Americanos de 2010, um relatório emitido pelo Departamento de Agricultura Americano e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos Americano, uma dieta vegetariana é associada com baixos níveis de obesidade e risco reduzido de doenças cardiovasculares. De acordo com um estudo da EPIC-Oxford, uma dieta vegetariana fornece grandes quantidades de cereais, grãos, nozes, frutos e vegetais, e assim sendo uma dieta rica emcarboidratos, omega-6, Fibra dietética, carotenoides, ácido fólico, vitamina C, vitamina E, e magnésio. A dieta vegana é mais restrita, e as recomendações são diferentes. Dietas veganas mal planejadas podem ter baixa quantidade de vitamina B12, cálcio, ácidos graxos omega-3, vitamina D, ferro, zinco, riboflavina (vitamina B2) e iodo.  A Associação Dietética Americana (The American Dietetic Association) e os Nutricionistas do Canadá (Dietitians of Canada) disseram em 2003 que uma dieta vegana planejada apropriadamente é nutricionalmente adequada para todos os estágios de vida, incluindo gravidez e amamentação, e provê benefícios de saúde no tratamento e prevenção de certas doenças. A Comissão Federal de Nutrição Suíça (Swiss Federal Nutrition Commission) e a Sociedade Alemã de Nutrição (German Society for Nutrition) não recomendam uma dieta vegana, e alerta para cuidado para crianças, grávidas e idosos.

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Veganismo

 

 

Vegetarianismo 

 

 

Vegetarianismo - Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne, bem como alimentos ou produtos derivados. É baseado fundamentalmente no consumo de alimentos de origem vegetal, com ou sem o consumo de laticínios e/ou ovos. ...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetarianismo.

 

 

Ventosaterapia 

 

 

Ventosaterapia - A utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo Egipto, ela também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no século IV a.C., possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas.

O antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela época como “curubitula” que em latim significa ventosa. Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registos históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado. O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordado por essas épocas como um instrumento curativo mágico, pelo contacto intimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua actuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos de Medicina Oriental.

Paracelso também descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.c., advertindo que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crónicas como para as agudas, incluindo ataques de febre, e mencionou outras advertências na utilização das ventosas.

Na Europa, assim como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação, na Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática popular, enquanto na Ásia o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto com ventosas era o método mais utilizado.

O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente. Em Portugal os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor. Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.

O uso de ventosas no Oriente foi desenvolvido com base na acupunctura, a aplicação de ventosas foi originalmente, conhecida como Método Chifre. Os chifres dos animais eram aquecidos, criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele. O propósito era tratar doenças e retirar o pus. No fim do período Neolítico, o desenvolvimento da agropecuária facilitou o desenvolvimento do Método Chifre (ventosa).

O que distingue estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do mundo, é a extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da tradicional fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por outros métodos de sucção posteriormente desenvolvidos, em que se obtinha o efeito de ventosa utilizando-se cúpulas de bambu, metal e posteriormente vidro. A sucção é obtida actualmente, colocando-se uma substância cadente na ventosa antes de coloca-la sobre a pele, aquecendo-a com água quente, ou com o bombeamento do ar para fora desta uma vez posicionada na pele.

A ventosa segundo a MTC tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes poluentes. A estagnação do sangue estagnado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou das articulações é considerado pelas Medicinas Orientais como um dos elementos causadores de doenças. A ventosa é usada para o alívio de dores musculares, melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura localizada, lombalgias, dor abdominal, hipertensão arterial e muitas outras patologias.

As ventosas podem ser utilizadas em associação com outras terapias reforçando a efectividade destas. Várias ventosas podem ser utilizadas para tratar desordens sobre uma área mais ampla, por exemplo, ao longo de um estiramento muscular ou dispostas em fileiras horizontais e verticais sobre um órgão doente tendo-se o cuidado de não se deixar as ventosas muito próximas umas das outras.

Pode-se utilizar a ventosa para produzir o “efeito massagem” que consiste em mover as ventosas sobre superfícies grandes e lisas do corpo, tais como as costas e as coxas, nestes casos são utilizadas ventosas de boca média a grande, e em primeiro lugar deve-se lubrificar a zona do corpo que se vai massajar. Esta massagem tem o efeito de remover a pele ressacada pela abertura dos poros e pela transpiração. Mecanicamente, aumenta o fluxo da linfa, reduzindo o edema, mantém a flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibroses e mobiliza o funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, activa a circulação e o funcionamento geral do corpo.

A aplicação de ventosas é contra-indicada para casos de febre-alta, convulsões ou cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas, áreas onde o músculo é fino ou a pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, no abdómen e região lombar em gestantes. Algumas outras considerações a ter no uso das ventosas é que estas devem ser deixadas no local somente até haver congestão local (geralmente 5 a 15 minutos). Se forem mantidas por muito tempo pode-se formar uma bolha, se esta for grande deve ser furada para drenar o líquido, e seguidamente deve ser coberta para evitar infecção.

A aplicação das ventosas deixa frequentemente uma marca púrpura na pele aonde esta foi sugada, isto é normal e vai desaparecer sem tratamento especial. Se a marca for muito profunda, as ventosas não devem ser colocadas de novo nesse local enquanto subsistir a marca.

Fonte:  http://www.medicinachinesapt.com/ventosaterapia.html

 

 

Vishnnu

 

Vishnnu, deus hindu - Vishnu é um dos deuses da trindade hindu, formada também por Brahma e Shiva. Brahma é o deus da criação, Shiva o da destruição e Vishnu o da manutenção, proteção e sustentação. Quando o mundo está sob a ameaça de alguma força do mal, é Vishnu quem surge, sob a forma de um de seus avatares (encarnações), para protegê-lo.

De acordo com os adeptos do hinduísmo, Vishnu aparece em momentos nos quais os deuses necessitam de proteção suprema contra algum demônio. Sua arma, o chakra (um disco), pode cortar a cabeça dos inimigos.
Diz a lenda que, se a ordem prevalece no universo, Vishnu dorme nas colinas de Sesha. Mas quando há desequilíbrio, ele utiliza seu veículo, Garuda, e guerreia com as forças do caos, ou envia um de seus avatares para salvar o mundo.

Vishnu é reconhecido por sua cor azul-escura e por seus quatro braços, que sugerem que ele pode alcançar os quatro cantos do universo. Tradicionalmente, ele porta quatro objetos: Dudarshana chakra (disco), Gada (maçã), Padma (flor de lótus) e Shanka (búzio). Nas imagens, Vishnu aparece reclinado sobre Shesha, a naja que possui de 5 a 1.000 cabeças. Ela o protege sempre com os capelos abertos.

Conta-se também que o deus Brahma, criador do universo, teria nascido de uma flor de lótus surgida do umbigo de Vishnu. Já sua esposa, Lakshmi, é a deusa da beleza, do amor e da prosperidade – principal símbolo da potência feminina no hinduísmo.

“Os devotos de Vishnu são chamados de Vaisnavas e cultuam o deus sem esperar nada em troca. É o tipo de pessoa que tem devoção pura. São hindus mais religiosos”, explica Vraja Sundari, coordenadora do Instituto YAAT de Cultura Indiana, em São Paulo. 

Na Índia, Vishnu é muito popular, especialmente sob a forma de dois de Krishna e Rama, seus dois principais avatares. O templo mais famoso dedicado a Vishnu localiza-se em Trivandrum, no sul do continente indiano. A deidade de Vishnu ali presente chama-se Padmanabha. 
 

A lenda de Vishnu

Segundo a lenda, Vishnu aparece na Terra em várias formas. As três primeiras são animais: peixe, tartaruga e javali. Depois, ele surge como um ser meio humano e meio animal, o homem-leão. Em seguida, vem o anão Vamana, cuja lenda se encontra na mais antiga literatura indiana, e, mais tarde, Rama, uma das mais significativas encarnações de Vishnu. Rama vence Ravana, o rei dos demônios e, como marido afetuoso, rei amistoso e príncipe corajoso, representa a imagem do homem indiano ideal.

A oitava encarnação de Vishnu é Krishna, uma das mais populares divindades hindus. Krishna era um rapaz excepcionalmente amável, mas sempre ocupado em fazer travessuras e, por isso, sujeito a pagar todo tipo de pena. Ele passou a juventude entre pastores e teve, desde cedo, inúmeras aventuras amorosas. 

Em sua nona encarnação, Vishnu aparece como Buda, o que denota uma certa tentativa de colocar o budismo como uma doutrina subordinada ao hinduísmo. Em sua encarnação como Buda, Vishnu é descrito como um demagogo que tentava levar os crédulos hindus a uma falsa crença. A representação negativa do Buda é esclarecida pela preocupação de que a religião budista poderia afastar os adeptos do hinduísmo, de sua doutrina e de seu ritual.

A décima e última encarnação de Vishnu só ocorrerá no fim da nossa era. Para os hindus, ele aparecerá como um deus com cabeça de cavalo, que chega para dar início a um novo tempo de paz. 
 

Muitas encarnações

A lista completa dos dez avatares de Vishnu é a seguinte:

1. O peixe Matsya 
2. A tartaruga Kurma 
3. O javali Varaha 
4. O homem-leão Narasimha 
5. O anão Vamana 
6. O padre guerreiro Parashurama 
7. O príncipe Rama 
8. O pastor de animais Krishna 
9. Buddha-Mayamoha 
10. O cavaleiro Kalki

Fonte:  http://www.triada.com.br/espiritualidade/fe_oriental/aq173-201-878-1-vishnu-o-protetor-do-universo.html

 

 

W

 

 

 

X

 

Xintoísmo

 

 

Xintoísmo - Xintoísmo (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto ("Caminho dos Deuses") foi adotada do chinês escrito (神道), através da combinação de dois kanjis: "shin" (神), que significa "deuses" ou "espíritos" (originalmente da palavra chinesa shen); e "tō" (道), ou "do", que significa "estudo" ou "caminho filosófico" (originalmente da palavra chinesa tao). Os termos yamato-kotoba (大和言葉) e Kami no michi costumam ser usados de maneira semelhante, e apresentam significados similares.

Torii no santuário de Itsukushima

O xintoísmo incorpora práticas espirituais derivadas de diversas tradições pré-históricas japonesas, locais e regionais, porém não surgiu como instituição religiosa formalmente centralizada até a chegada do budismo, confucionismo e daoísmo no país, a partir do século VI. O budismo gradualmente se adaptou, no Japão, à espiritualidade nativa, como por exemplo na inclusão do kami, componente da crença xintoísta, entre os bodisatvas (bosatsu).

As práticas xintoístas foram registradas e codificadas pela primeira vez nos registros escritos históricos do Kojiki e Nihon Shoki, nos séculos VII e VIII. Ainda assim, estes primeiros escritos japoneses não se referem a uma "religião xintoísta" unificada, mas a práticas associadas com as colheitas e outros eventos dos clãsrelacionados às estações do ano, aliadas a uma cosmogonia e mitologia unicamente japonesas, que combina tradições espirituais dos clãs ascendentes do Japão arcaico, principalmente das culturas Yamato e Izumo.

O xintoísmo caracteriza-se pelo culto à natureza, aos ancestrais,e pelo seu politeísmo, com uma forte ênfase na pureza espiritual, e que tem como uma de suas práticas honrar e celebrar a existência de Kami (神), que pode ser definido como "espírito", "essência" ou "divindades", e é associado com múltiplos formatos compreendidos pelos fieis; em alguns casos apresentam uma forma humana, em outros animística, e em outros é associado com forças mais abstratas, "naturais", do mundo (montanhas, rios, relâmpago, vento, ondas, árvores, rochas). Considerado como consistindo de energias e elementos "sagrados", o Kami e as pessoas não são separados, mas existem num mesmo mundo e partilham de sua complexidade inter-relacionada. O xintoísmo moderno apresenta uma autoridade teológica central, porém não tem uma teocracia única. Consiste, atualmente, de uma associação inclusiva de santuários locais, regionais e nacionais de variada significância, em importância e história, que exprimem suas diversas crenças através de práticas e idiomas semelhantes, adotando um estilo semelhante no vestuário, arquitetura e ritual, que data dos períodos Nara e Heian.

O xintoísmo tem atualmente cerca de 119 milhões de seguidores no Japão, embora qualquer pessoa que pratique algum tipo de ritual xintoísta seja contado como tal. Geralmente aceita-se que a ampla maioria do povo japonês participe de algum tipo de ritual xintoísta, ao mesmo tempo em que a maior parte também pratica o culto budista aos ancestrais. No entanto, ao contrário de muitas das práticas religiosas monoteístas, o xintoísmo e o budismo tipicamente não exigem daqueles que os professam que sejam crentes ou praticantes, o que torna difícil contabilizar cifras exatas com base na auto-identificação com alguma crença, entre os habitantes do país. Devido à natureza sincrética das duas religiões, a maior parte dos eventos relacionadas à "vida" ficam a cargo dos rituais xintoístas, enquanto os eventos relacionados à "morte" ou à "vida após a morte" ficam a cargo dos rituais budistas (embora isto não seja uma regra); assim, é costumeiro, por exemplo, no Japão, registrar uma criança ou celebrar seu nascimento num santuário xintoísta, enquanto os preparativos para um funeral costumam ser ditados pela tradição budista.

Existem santuários xintoístas em diversos outros países, incluindo os Estados Unidos, Brasil, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Países Baixos, entre outros, e está em vias de expansão para se tornar uma religião global, especialmente com o surgimento de ramos internacionais dos santuários shinto.

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Xinto%C3%ADsmo

 

 

Y

 

Yoga

 

 

Yoga - Yoga ou ioga, significa controlar, unir. É um termo de origem sânscrita, uma língua presente na Índia, em especial na religião hinduísta. Yoga é um conceito é uma filosofia, que trabalha o corpo e a mente, através de disciplinas tradicionais de quem a pratica.

Yoga é relacionada ao budismo e ao hinduísmo, com práticas como exercícios e meditação para trabalhar a parte física e também a mente. Existem diversos ramos do yoga, como a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga e hata-ioga, e cada uma delas possui ações e atividades diferentes para trabalhar com os indivíduos.

Yoga é uma filosofia de vida que tem sua origem na Índia, há mais de 5000 anos, e atualmente é conhecido não apenas como uma filosofia de vida, mas também como sistema holístico que trabalha o corpo e a mente ao mesmo tempo. A yoga trabalha as emoções, ajuda as pessoas a agir de acordo com seus pensamentos e sentimentos, além de trazer um profundo relaxamento, concentração, tranqüilidade mental, fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade.

Fonte:  http://www.significados.com.br/yoga/

 

 

Z

 

Zeitgeist

 

 

Zeitgeist- Zeitgeist pronúncia: tzait.gaisst,  é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.

O conceito de espírito de época remonta a Johann Gottfried Herder e outros românticos alemães, mas ficou melhor conhecido pela obra de Hegel, Filosofia da História. Em 1769, Herder escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph Klotz, introduzindo a palavra Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: genius - "espírito guardião" e saeculi - "do século"). Os alemães românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito da época" como um argumento histórico de sua defesa intelectual.

Movimento Zeitgeist

Fundado em 2008, o Movimento Zeitgeist (pronuncia-se tsaitgaist) é um grupo formado por pessoas que advogam a sustentabilidade, organizadas numa rede global, através de grupos nacionais (Capítulos) e grupos regionais (Sub-Capítulos), com ações de sensibilização, equipes de projeto, eventos anuais, mídia e voluntariado junto da comunidade.

O termo "Zeitgeist" é definido como o "ambiente geral intelectual, moral e cultural de uma época" ou simplesmente o "espírito do tempo". O termo "movimento" implica simplesmente "mudança", ou transição. Por isso, o Movimento Zeitgeist (MZ) é uma organização que pede mudança na concepção dominante cultural, moral e intelectual da época.

O ativismo do movimento é explicitamente baseado em métodos de comunicação não-violenta, onde o foco central é educar o público a respeito das reais raízes de vários dos problemas pessoais, sociais e ecológicos existentes,através da enorme capacidade de resolução de problemas e melhoria das condições da humanidade que a ciência possibilitou - mas que permanecem inaplicados devido a diversas barreiras inerentes ao sistema social estabelecido. De acordo com o movimento, o objetivo não é impor, ditar ou cegamente persuadir - mas por em marcha uma forma de pensamento que seja perceptível através da lógica, com o uso dos conceitos de sustentabilidade e saúde pública  de uma perspectiva científica.

O Movimento Zeitgeist foi inspirado a partir dos documentários dirigidos, produzidos, escritos e narrados por Peter Joseph, disponíveis na internet, especificamente o Zeitgeist: Addendum, estreado em 2008 e Zeitgeist: Moving Forward, lançado em 2011.

O Movimento, enquanto entidade, consiste no Capítulo global, compreendendo cidade, estado e nação. Uma vez que o Movimento é global por definição, Capítulos consistem na presença física do Movimento Zeitgeist em determinada região. Ser parte do movimento é ser parte do seu Capítulo regional no seu menor grau de operação em determinada área, sendo assim parte do todo.

Para uma pessoa ser tecnicamente considerada um membro do Movimento Zeitgeist ela precisa se tornar ativa em um Capítulo. Se um Capítulo não existe na sua respectiva região, um provável membro pode fundar um. Tal tarefa é muito simples na suas etapas iniciais e apenas requere um website ou grupo de comunidade de qualquer tipo ou tamanho.

Capítulos são os grupos regionais dos membros do Movimento Zeitgeist, organizados em camadas. De cima para baixo, os Capítulos são organizados em:

1. Internacional - [Países] 2. Estado - [Diferentes Capítulos dentro de um país] 3. Região/Cidade - [menor grau de diferenciação de um Capítulo, em determinada região]

Capítulos precisam ter a capacidade de comunicação entre os seus membros, juntamente com os de outros Capítulos. À medida que um Capítulo cresce, reuniões periódicas devem ser conduzidas ao vivo e/ou através de encontros virtuais, se fazendo presentes em ações ou eventos de nível regional ou global.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Zeitgeist

 

 

Zoroastro

 

 

Zoroastro - Zaratustra, mais conhecido na versão grega de seu nome, Zωροάστρης (Zoroastres, Zoroastro), foi um profeta e poeta nascido na Pérsia (atual Irão), provavelmente em meados do século VII a.C. Ele foi o fundador do Masdeísmo ou Zoroastrismo, a primeira religião monoteísta que se têm notícia, adotada oficialmente pelos Aquemênidas(558 – 330 a.C.). A denominação grega Ζωροάστρης significa contemplador de astros. É uma corruptela do avéstico Zarathustra (em persa moderno: Zartosht ou زرتشت). O significado do nome é obscuro, ainda que, certamente, contenha a palavra ushtra (camelo).

Há muito tempo, nas estepes a perder de vista da Ásia Central perto do Mar de Aral, havia uma pequena vila de casas de adobe, onde vivia a família Spitama. Um dia, no sexto dia da primavera, um menino nasceu naquela família. A sua mãe e seu pai decidiram dar-lhe o nome de Zaratustra. Ao nascer, Zaratustra não chorou, pelo contrário, riu sonoramente. As parteiras, vendo aquilo, admiraram-se, pois nunca tinham visto um bebê rir ao nascer.

Na vila havia um sacerdote que percebeu que aquele menino viria a ser um revolucionário do pensamento humano e o que enfraqueceria o poder dos "donos" das religiões. Ele então decidiu tomar providências e procurou Pourushaspa, o pai de Zaratustra, com a seguinte conversa: "Pourushaspa Spitama, vim avisar-lhe. Seu filho é um mau sinal para a nossa vila porque riu ao nascer, ele tem um demônio. Mate-o ou os deuses destruirão seus cavalos e plantações. Onde já se viu rir ao nascer nesse mundo triste e escuro! Os deuses estão furiosos!".

Pourushaspa não queria ferir seu filho, mas o sacerdote insistiu e impôs uma prova.

Na manhã seguinte Pourushaspa fez uma grande fogueira, e à frente de todos colocou Zaratustra no meio do fogo, mas ele não sofreu dano algum. O sacerdote ficou confuso.

Zaratustra foi levado então para um vale estreito e colocado no caminho de uma boiada de mil cabeças de gado, para ser pisoteado. O primeiro boi da boiada percebeu o menino e ficou parado sobre ele, protegendo-o, enquanto o resto passava ao lado e o bebê não sofreu um só arranhão. O sacerdote logo arquitetou outro plano. O menino Zaratustra foi colocado na toca de uma loba que, ao invés de devorá-lo, cuidou dele até que Dugdav, sua mãe, viesse buscá-lo. Diante de tantos prodígios o sacerdote ficou envergonhado e mudou-se da vila.

Ao crescer, Zaratustra peramburalava pelas estepes indagando-se: "Quem fez o sol e as estrelas do céu? Quem criou as águas e as plantas? E quem faz a lua crescer e minguar? Quem implantou nas pessoas a sua natural bondade e justiça?".

Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio quando um ser estranho lhe apareceu. Ele era indescritível, tal a sua beleza e brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele, ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, a Boa Mente. Vim buscá-lo". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito bonito, onde sete outros seres os esperavam.

A Boa Mente disse-lhe então: "Zaratustra, se você quiser pode encontrar em você mesmo todas as respostas que tanto busca, e também questões mais interessantes ainda. Ahura Mazda, Deus que tudo cria e sustenta, assim escolheu partilhar a sua divindade com os seres que cria. Agora, sabendo disso, você pode anunciar essa mensagem libertadora a todas as pessoas.”

Zaratustra contestou: "Por que eu? Não sou poderoso e nem tenho recursos!". Os outros seres responderam em coro: "Você tem tudo o que precisa, o que todos igualmente têm: Bons pensamentos, boas palavras e boas ações".

Zaratustra voltou para casa e contou a todos o que lhe acontecera. A sua família aceitou o que ele havia descoberto, mas os sacerdotes o rejeitaram. Eles argumentaram: "Se é assim nada há de especial em nosso serviço, nada valem nossos sacrifícios e perderemos o poder que nos dão os deuses ciumentos e caprichos que servimos. Estamos sem trabalho e passaremos fome!". Decidiram, então, dar cabo da vida de Zaratustra.

Com sua boa mente ele entendeu que tinha que sair dali por uns tempos. Chamou seus vinte e dois companheiros e companheiras de primeira hora e fugiram com tudo o que tinham. Eles viajaram durante várias semanas até chegarem a um lugar cujo governante chamava-se Vishtaspa. Zaratustra procurou Vishtaspa e partilhou com ela a sua descoberta.

Vishtaspa respondeu ao seu apelo com uma recusa: "Por que haveria de crer nesse estranho? Meus deuses são, com certeza, mais poderosos que esse Ahura Mazda!".

Após dois anos tentando convencer Vistaspa, e enfrentando a mais cruel oposição, passando, inclusive, um tempo preso, um acidente com o cavalo de Vishtaspa ajudou a resolver a favor de Zaratustra esse impasse. À beira de morte, o cavalo tornou-se o pivot de todas as atenções. Vistaspa chamou sacerdotes, feiticeiros, médicos e sábios para salvar o seu cavalo. Juntos eles tentaram de tudo, inclusive oferecendo aos deuses dezenas de sacrifícios de outros cavalos. Além disso, brigaram entre si, fizeram intrigas, mas nada aconteceu, o cavalo de Vishtaspa só piorava. Zaratustra, que fora criado num ambiente rural, logo percebeu que ele fora envenenado. Procurando Vishtaspa ele sugeriu um remédio muito usado nesses casos em sua terra. Sem alternativas, embora descrente, Vishtaspa aceitou a ideia de Zaratustra e em dois dias seu cavalo estava de pé, sem sinal da doença.

Todos ficaram pasmos e acharam que Zaratustra tinha operado um milagre. Ele respondeu que havia apenas usado a sua boa mente e os conhecimentos que tinha adquirido em casa. Vishtaspa e sua família ficaram encantados com a honestidade e simplicidade de Zaratustra, e dispuseram-se a ouvi-lo de novo, dessa vez com coração e mentes desarmados. Em pouco tempo não só Vishtaspa e sua família haviam sido iniciados, como também grande parte de seu povo.

Embora Zaratustra pudesse ter usado a ocasião da cura do cavalo de Vishtaspa para arrogar-se poderes sobrenaturais ele preferiu ser sincero, e foi isso o que de fato mostrou a Vishtaspa a sublime beleza e profundidade da mensagem.

Vida de Zaratustra

Dos 20 aos 30 anos, segundo narrativas que chegaram a nós, Zaratustra viveu quase sempre isolado, habitando no alto de uma montanha, em cavernas sagradas. Não ingeria nenhum alimento de origem animal. Em outros relatos, teria ido ao deserto, onde fora tentado por uma entidade maligna. Após sete anos de solidão completa, regressou ao seu povo, e com a idade de trinta anos recebeu a revelação divina por meio de sete visões ou ideias.

Assim começou Zaratustra a sua missão aos trinta anos (a mesma idade em que o Zaratustra de Nietzsche iniciou a dele). Segundo os Masdeístas ele encontrou muita dificuldade para converter as pessoas à sua nova religião. Em dez anos de pregação teve somente um crente: o seu primo. Durante este período, o chamado de Zaratustra foi como uma voz no deserto. Ninguém o escutava. Ninguém o entendia.

Foi perseguido e hostilizado pelos sacerdotes e por toda a sorte de inimigos ao longo de dez anos. Os príncipes recusaram dar-lhe apoio e proteção e encarceraram-no porque a sua nova mensagem ameaçava a tradição e causava confusão nas mentes de seus súbditos. Com 40 anos, realizou milagres e preocupava-se com a instrução do povo. Converteu o rei Vishtaspa, que se tornou um fervoroso seguidor da religião por ele pregada, iniciando a verdadeira difusão dos ensinamentos de Zaratustra e de uma grande reforma religiosa.

Logo em seguida, a corte real seguiu os passos do rei e, mais tarde, o Masdeísmo chegou a ser a religião oficial da Pérsia. No império dos reis Sassânidas, principalmente no de Artaxes I (227), o chefe religioso era a segunda pessoa no Estado depois do imperador soberano, e este, inteiramente de acordo com o antigo costume, era admitido como divino ou semidivino, vivendo em particular intimidade com Ormuzd.

Aos 77 anos de idade ele teria morrido assassinado enquanto rezava no templo, diante do fogo sagrado. Segundo alguns relatos, o seu túmulo estaria em Persépolis.

Cosmogonia

Na doutrina zaratustriana, antes de o mundo existir, reinavam dois espíritos ou princípios antagônicos: os espíritos do Bem (Ahura Mazda, Spenta Mainyu, ou Ormuz) e do Mal (Angra Mainyu ou Arimã). Divindades menores, gênios e espíritos ajudavam Ormuz a governar o mundo e a combater Arimã e a legião do mal. Entre as divindades auxiliares, como consta no Avesta a mais importante era Mithra, um deus benéfico que exercia funções de juiz das almas. No final do século III d.C, a religião de Mithra fundiu-se com cultos solares de procedência oriental, configurando-se no culto do Sol.

Arimã é representado como uma serpente. Criador de tudo que há de ruim (crime, mentira, dor, secas, trevas, doenças, pecados, entre outros), ele é o espírito hostil, destruidor, que vive no deserto entre sombras eternas. Ormuzd, no entanto, é o Criador original, organizador do mundo de modo perfeito.

Ahura Mazda é representado também como o divino Lavrador, o que mostra o enraizamento do culto na civilização agrícola, na qual o cultivo da terra era um dever sagrado. No plano cosmológico, contudo, ele é o criador do universo e da raça humana, com poderes para sustentar e prover todos os seres, na luz e na glória supremas.

Bem e Mal não são apenas valores morais reguladores da vida cotidiana dos humanos, mas são transfigurados em princípios cósmicos, em perpétua discórdia. A luta entre Bem e Mal origina todas as alternativas da vida do universo e da humanidade. A vitória definitiva de Ormuzde sobre Arimã só poderia ocorrer se Zaratustra conseguisse formar uma legião de seguidores e servidores, forte o bastante para vencer o Espírito Hostil, e expurgar o Mal do universo. Nesse sentido, Bem e Mal são princípios criadores e estruturadores do universo, que podem ser observados na natureza e encontram-se presentes na alma humana. A vida humana é uma luta incessante para atingir a bondade e a pureza, para vencer Angra Mainyu e toda a sua legião de demônios cuja vontade é destruir o mundo criado por Ahura Mazda.

A doutrina de Zaratustra é escatológica. De acordo com os seus preceitos, o mundo duraria doze mil anos. No fim de nove mil anos, ocorreria a segunda vinda de Zaratustra como um sinal e uma promessa de redenção final dos bons. Isso seria seguido do nascimento miraculoso do Saoshyant, semelhante ao Messias hebreu, cuja missão seria aperfeiçoar os bons para o fim do mundo, da história humana, enfim, para a vitória do Bem sobre as forças do Mal. A cada mil anos viria um profeta/messias (Saoshyant).

Assim, nos últimos três milênios, três Saoshyant preparariam a completude do grande ano cósmico. É neste sentido que Nietzsche menciona Zaratustra como aquele que compreendeu a História em toda a sua completude. Cada série de desenvolvimento da História seria presidida por um profeta, que teria seu hazar, seu reino de mil anos. O Zaratustra histórico, no entanto, anuncia a chegada do tempo em que surgirá da raça persa o Shah Bahram, o Senhor Prometido, o Salvador do Mundo, o Grande Mensageiro da Paz.

No final dos tempos haveria o julgamento derradeiro de todas as almas e a ressurreição dos mortos. Não fica claro se o inferno tem duração eterna, se os maus se agitarão eternamente "nas trevas". Nos Gathas, cantos de Zaratustra, consta também que o mal poderia ser banido para sempre do universo, com o nascimento de um novo mundo, física e espiritualmente perfeito, aqui na Terra. Não seria possível, assim, a coexistência de um mundo físico degradado e um mundo hiperfísico perfeito.

Os gregos enfatizaram, no profeta persa, mais a astrologia e a cosmologia do que o dualismo moral. Para eles, Zoroastro é um ser mítico, um astrólogo, legendário fundador da seita dos magos. Os aspectos cosmológicos, soteriológicos (relativos à parte da Teologia que trata da salvação do homem), teológicos e morais do Masdeísmo estavam contidos nos Pahlavi (principalmente no Denkard), livros baseados no Avesta. Mas esses textos estão perdidos.

Moral

O dualismo cósmico e teogônico do Masdeísmo está intimamente relacionado ao dualismo moral. Zaratustra, com a sua mensagem divina, provocou uma verdadeira transformação no modo de pensar da sua civilização, contrariando o tradicional pensamento dos sábios de sua época. Sua mensagem baseava-se nos Gathas, cantos entoados com o objetivo de serem um guia para a humanidade – continham o triplo princípio de boa mente, boas palavras e boas ações. O Bem e o Mal, para Zaratustra, manifestam-se também na alma humana, e a única forma de poder organizar o mundo e a sociedade é estando o Bem acima do Mal. Este não traz contribuição alguma para a construção de uma vida boa, já que impossibilita uma relação equilibrada entre ser humano, sociedade, natureza e o ser.

Zaratustra propõe que o homem encontre o seu lugar no planeta de forma harmoniosa, buscando o equilíbrio com o meio (natural e social), respeitando e protegendo terra, água, ar, fogo e a comunidade. O cultivo de mente, palavras e ações boas é de livre escolha: o indivíduo deve decidir perante as circunstâncias que se apresentam em determinado fato. A boa deliberação, ou seja, uma boa reflexão a respeito de cada ação faz surgir uma responsabilidade social para colaborar com o projeto que Deus propôs ao mundo. Os seres humanos, portanto, possuem livre-arbítrio e são livres para pecar ou para praticar boas ações. Mas serão recompensados ou punidos na vida futura conforme a sua conduta.

Os principais mandamentos são: falar a verdade, cumprir com o prometido e não contrair dívidas. O homem deve tratar o outro da mesma forma que deseja ser tratado. Por isso, a regra de ouro do Masdeísmo é: "Age como gostarias que agissem contigo".

Entre as condutas proibidas destacavam-se a gula, o orgulho, a indolência, a cobiça, a ira, a luxúria, o adultério, o aborto, a calúnia e a dissipação. Cobrar juros a um integrante da religião era considerado o pior dos pecados. Reprovava-se duramente o acúmulo de riquezas.

As virtudes como justiça, retidão, cooperação, verdade e bondade, surgem com o princípio organizador de Deus Ascha, que só se pode manifestar com o esforço individual de cultivar a Tríplice Bondade. Esta prática do Bem leva ao bem-estar individual e, consequentemente, coletivo. A comunidade somente pode surgir quando o indivíduo se vê como autônomo, e desse modo pode descobrir o outro como pessoa. O ego é valorizado como fonte para o reconhecimento do próximo. Cultivado de forma sadia, o ego torna-se forte e poderoso para o homem observar a si próprio como membro da comunidade e capaz de contribuir para o bom relacionamento harmonioso com os outros seres.

 

Por isso, eram incentivadas as virtudes econômicas e políticas, entre elas a diligência, o respeito aos contratos, a obediência aos governantes, a procriação de uma prole numerosa e o cultivo da terra, como está expresso na frase: "Aquele que semeia o grão, semeia santidade". Havia também outras virtudes ou recomendações de Ahura Mazda: os homens devem ser fiéis, amar e auxiliar uns aos outros, amparar o pobre e ser hospitaleiros.

A doutrina original de Zaratustra opunha-se ao ascetismo. Era proibido infligir sofrimento a si, jejuar e mesmo suportar dores excessivas, visto o fato de essas práticas prejudicarem a alma e o corpo, e impedirem os seres humanos de exercerem os deveres de cultivar a terra e de procriar. Essas prescrições fomentavam a temperança e não a abstinência. Assim, as exortações e interdições destinavam-se a proporcionar aos homens uma boa conduta, além de reprimir os maus impulsos.

Doutrina Religiosa

As revelações e profecias de Zaratustra estão contidas nos Gathas, cinco hinos que formam a mais antiga parte do livro do Masdeísmo, o Avesta. Os Gathas datam do final do segundo milênio a.C. Foram escritos numa língua do nordeste do Irã, aparentada ao sânscrito, o avestan gático. Originalmente, esses hinos eram transmitidos oralmente. Grande parte do Avesta original foi destruída, com a invasão de Alexandre Magno e com o domínio posterior do Islamismo. As escrituras sagradas do Masdeísmo, o Avesta ou Zend-Avesta, como se tornaram mais conhecidas no ocidente, significam "comentário sobre o conhecimento".

O Zoroastrismo é uma das religiões mais antigas e de mais longa duração da humanidade. Seu monoteísmo não influenciou as doutrinas judaica, Cristãs e Islâmicas como alguns dizem, pois comparatiamente o Zoroastrismo não compartilhou da mesma data da fixação ideologica Judaica, mas é possível que tenha influenciado o Cristianismo por sinal, mas sem provas. Após o domínio Islâmico do Irã, o Masdeísmo passou a ser religião de uma minoria, que passou a ser perseguida pela nova religião hegemônica. Por isso, parte dos seguidores remanescentes migrou para o noroeste da Índia, onde foi estabelecida a comunidade Parsi. No Irã, permanece ainda a comunidade Zardushti. Atualmente, o número total de seguidores do Masdeísmo (Zoroastrismo) não chega a 120 mil, distribuídos em pequenas comunidades rurais. Por ser uma religião étnica, o Masdeísmo geralmente não permite a adesão de convertidos. Na atualidade há uma maior flexibilidade, devido à migração, à secularização e aos casamentos realizados entre etnias distintas.

Como já mencionado, a base da doutrina de Zaratustra é o dualismo Bem-Mal. O cerne da religião consiste em evitar o mal por intermédio de uma distinção rigorosa entre Bem e Mal. Além disso, é necessário cultivar a sabedoria e a virtude, por meio de sete ideais, personificados em sete espíritos, os Imortais Sagrados: o próprio Ahura Mazda, concebido como criador e espírito santo; Vohu Mano, o Espírito do Bem; Asa-Vahista, que simboliza a Retidão Suprema; Khsathra Varya, o Espírito do Governo Ideal;Spenta Armaiti, a Piedade Sagrada; Haurvatãt, a Perfeição; e Ameretãt, a Imortalidade. Estes deuses enfrentam constantemente as forças do Mal, os maus pensamentos, a mentira, a rebelião, a doença e a morte. O príncipe destas forças é Angra Mainyu, o Espírito Hostil, também conhecido como Arimã.

A adoração a Ahura Mazda ou Ormuz pode também ser chamada Mazdayasna (Adoração ao Sábio). O culto não requeria templos, pois Deus era representado pelo fogo, considerado sagrado e símbolo de pureza. A chama era mantida constantemente em altares, erguidos geralmente em lugares elevados das montanhas, onde se faziam oferendas. Os magos, detentores de segredos e de verdades reveladas, dirigiam os ritos e oscultos – são referidos na Bíblia, no Novo Testamento. O rei da Pérsia teria enviado a Israel sacerdotes do Zoroastrismo, que seguiram uma estrela até Belém, no intuito de encontrar o Salvador, ou Messias.

Zaratustra transmitira, aos magos e adeptos, os segredos e a verdade suprema que lhe foram revelados por Ahura Mazda por meio de um anjo chamado Vohu Manõ. Assim como o Cristianismo, o judaísmo e o islamismo, também no zoroastrismo a revelação divina é elemento essencial.

A religião Masdeísta diferencia-se das existentes até então não só pelo dualismo Bem–Mal, mas também pelo caráter escatológico. Entre os seus dogmas, estão a vinda do Messias, a ressurreição dos mortos, ojulgamento final e a translação dos bons para o paraíso eterno. Inclui também a doutrina da imortalidade da alma e o seu julgamento.

Conforme os seus méritos ou pecados, elas iriam para o mundo dos justos (paraíso), para a mansão dos pesos iguais (purgatório) ou para a escuridão eterna (inferno). Não sepultavam, incineravam ou jogavam os mortos em rios, mas ficavam expostos em altas torres a céu aberto. Os corpos dos justos, salvos da destruição, secariam; já os dos injustos seriam devorados pelas aves de rapina. Desse modo, Zaratustra pode ser visto como um dos primeiros teólogos da história por ter erigido um sistema de fé religiosa desenvolvido e estruturado.

Enquanto religião ética, o Masdeísmo possuía a missão de purificar os costumes tradicionais de seu povo a fim de erradicar o politeísmo, o sacrifício de animais e a magia. Com isso, o culto poderia atingir uma dimensão ético-espiritual elevada. Zaratustra pregava que o esforço e o trabalho eram atos santos. Eis algumas frases ou ditos a ele atribuídos:

  • "O que vale mais num trabalho é a dedicação do trabalhador".

  • "O que lavra a terra com dedicação tem mais mérito religioso do que poderia obter com mil orações sem nada fazer".

  • "Aquele que diz uma palavra injusta pode enganar o seu semelhante, mas não enganará a Deus."

  • "Deus está sempre à tua porta, na pessoa dos teus irmãos de todo o mundo."

  • "O que semeia milho, semeia a religião. Não trabalhar é um pecado."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zaratustra

 

 

 

 

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